1 de março de 2012

Controle

Odeio os começos. Gosto do meio, quando as coisas já estão definidas. Sem insegurança, sem incertezas, sem não sei. Estabilidade. Segurança. Eu gosto disso. (Claro que surpresas, de vez em quando - bem de vez em quando- são bem-vindas).
Não gosto de ter tanto espaço pra imaginar o que os outros sentem, pensam ou querem. Só imagino besteira. Por isso gosto quando os sentimentos e pensamentos estão definidos. Não tenho que me preocupar com o 'e se', ou com o 'talvez', ou 'quem sabe' ou 'pode ser'.
Tá, adoro ter as situações sob controle. Admito. Sou controladora. E quando as coisas fogem desse controle, como agora, me sinto angustiada. Quase desesperada! 
Coisas mal definidas me atormentam. Gosto de tudo em ordem, certinho, de um jeito fácil de entender.
Já sou muito complexa aqui por dentro pra ficar me preocupando com as complexidade exteriores. Simplicidade pessoas, por favor! Por que que a gente simplesmente não diz o que sente, o que quer, o que pensa? Olha que simples seria!!!
Não tenho bola de cristal, mas adoro "adivinhar" o que passa pela cabeça das pessoas. A simplicidade me ajudaria a não pensar tanto nisso.
Porque pensar dói. E como! Dores terríveis de cabeça. Dores na alma. Dores no pobre e frágil ego inflado.
E quanto mais perco controle das situações, mais penso sobre suas possibilidades, e mais dói. Tá, a dor de pensar será infinita (pretendo pensar a vida toda!), mas se eu não pensasse em questões cuja resposta não tenho como saber, já seria um alívio. Tento me focar no que já sei, ou nas questões com respostas mais fáceis! E eu consigo? Não!! As complexidades me perseguem, me cercam e não me deixam enquanto eu não pensar nelas.
Talvez eu seja doida. Talvez só esteja confusa. Ou cansada. Talvez sejam os hormônios. 


Ou talvez eu esteja aprendendo a lidar com o mundo como ele é: um bando de surpresas, com gente que não sabe o que quer e que, quando sabe, não diz! 


O mundo fora do meu controle...

2 comentários:

  1. Controle, controle ! odeio estar fora de controle.
    Uma pena pra mim !
    Você não é doida, confie.
    É humana demasiada humana. Cheia de angústias e complicações.
    :)

    ResponderEliminar