25 de março de 2012

Nunca fui assim e nunca fiz isso, mas dessa vez vou tentar. Fica tranquilo, serei delicada e muito sutil (sutil de mais, talvez?). Não quero te assustar. Surpreender sim, assustar não.
Serei como uma leve brisa, que chega devagar, quase sem ser percebida, mas depois se transforma num tornado.
Um passo de cada vez. Sem exagero. Sem pressão. Apenas deixar fluir e dar aquela mãozinha pro destino, caso ele não colabore. 
Não quero te assustar. Só te quero. Pura e simplesmente, como não acontece há tempos.
Quero a chance de mostrar que sei te fazer sorrir, sei secar suas lágrimas, sei te abraçar quando necessário, sei rir de suas piadas mais sem graça, sei dar valor ao homem que você é.
Só peço conquistar essa chance.
E vou, aos poucos. Pode esperar. Eu vou fazer valer a pena.

23 de março de 2012

das loucuras minhas...

Desejo profundamente que sejam apenas os hormônios agindo em seu ciclo normal. Porque se não forem eles, então eu estou mal de verdade. Mal comigo, mal com as pessoas. Qual o problema das pessoas?!?!?  Tão difíceis de se entender. Tão difíceis de se fazerem entender...
Como é que eu vou saber o que você quer comigo, se nem eu sei o que quero???
Se bem que minhas decisões dependem das suas.Não deveriam, eu sei. Mas dependem.
Como a gente pode se permitir gostar de quem não gosta da gente?
Comigo é assim: se você gostar de mim, eu gosto de você. Se não, eu nem começo.

Aham, sei sei. É bem assim mesmo, dona Vanessa!!!
Você só gosta de quem te gosta. Aquele caso foi um fato isolado. Assim como aquele outro. E assim como esse...

Ok, tá bom, eu gosto de quem não me gosta. Ou será que gosta? Os outros não, mas esse... Será?

Que conversa de doido essa sua!

É porque eu acho que tô ficando louca, mesmo. Mas torço pra que sejam os hormônios.Nunca quis tanto
uma TPM!!!!

Relaxa, daqui dois dias você fica bem.

E se não ficar?

Então teremos um problema. Não te aguento assim não!!!

Ah, nem eu me aguento assim. Mas, voltando, será que ele gosta mesmo?

Menina, deixa disso. Homem não é solução, é problema.

Queria tanto um problema pra mim...

Pra que?!?!? Só pra me atormentar mais? Não, é melhor você ficar sozinha agora. Não tá preparada pra ninguém.

E ninguém tá preparado pra mim!!!!

Não, seu problema tá sendo modelado ainda, pra chegar prontinho pra você!
É, acho que pelo menos o bom humor voltou...Vamos ver até quando!!!

11 de março de 2012

Utopia

É impressionante como a gente não tá preparado pra algumas coisas. Pensamos que sim, mas quando a situação bata na nossa cara, levamos um susto. O fato é que só podemos dizer 'eu faria isso nessa situação', quando a situação chega. Imaginar não adianta. Não, mas eu aguento qualquer coisa. Será? Eu acho que não.
Pelo menos eu não aguento. Não aguento ver o sofrimento humano ali, na minha cara, e não fazer nada. Meu primeiro instinto é abraçar a pessoa e dizer que vai ficar tudo bem. Mesmo sabendo que não vai. Por mim, eu curava a humanidade, só pra não ter que ver sofrimento nos olhos das pessoas.
Essas situações são as poucas que me põe lágrimas nos olhos. Que me comovem. Eu gosto de pessoas. Talvez não tão perto de mim. Mas gosto de ajudar, de fazer das vidas alheias um 'lugar melhor'. Por isso escolhi a Psicologia: pra ter o super-poder de ajudar a melhorar a vida das pessoas. Quanta pretensão, eu sei. Mas espero, no mínimo, ser uma pessoa mais forte, capaz de olhar o sofrimento alheio, me compadecer dele e saber o que fazer pra ajudar.
Porque não basta sofrer junto do outro, se penalizar com sua dor. Tem-se que saber ajudar. É isso que eu quero. Um mundo melhor, com pessoas melhores. Utópico. Mas possível!!!

4 de março de 2012

Conclusões da reflexão

Muito tenho pensado na última semana. Tenho pensado muito, de verdade. Pensado e refletido, pra tentar entender, ou melhor, me entender. E descobri algumas coisas sobre mim que não sabia que existiam. Algumas atitudes recorrentes, pensamentos que sempre me acompanham, sentimentos frequentes, fatos que sempre estiveram lá, mas que eu não havia notado. Justamente por nunca ter pensado tanto.
Pensar muito sobre si mesmo machuca, dá uma angústia, uma preocupação, um desconforto. Descobrir que você tem coisas das quais não gosta não é nada legal. Descobrir que está agindo feito uma idiota não é legal. Aceitar os próprios defeitos é dureza. Apontar o dedo na cara dos outros e julgar é fácil; julgar a si mesmo é que é complicado.
Percebi nesses dias o quanto sou controladora; quero tudo nas minhas mãos porque sou insegura. Não confio muito nas pessoas; estou sempre esperando que elas me decepcionem. Ou que me abandonem. Não me acho tão legal assim pra ser amada pelas pessoas. Penso que elas logo se cansarão de mim, descobrirão meus milhares e terríveis defeitos e irão embora. Descobri também como fujo de certos assuntos e situações. Sou fraca, não aguento momentos de conflito; então os evito. Não faço nem metade das coisas que realmente quero. E nem quero tanto, só uma rotina mais ou menos divertida. Porque adoro a estabilidade da rotina. E adoro rir. Mas, ultimamente, meus sorrisos não são tão verdadeiros quanto deviam ser.
Percebi tantos defeitos em mim, que quase nada de bom vi em minha pessoa. E ainda quero ser amada! Ah, pobre de mim! Eu não mereço ser amada. Não agora. Quem não ama a si mesmo não merece amor dado. Porque só quem ama é amado.
E se eu nunca me amar, nunca serei amada? Vou viver amores meia-boca pra sempre?
É, provavelmente. Quem não se valoriza, não espera que os outros a valorizem. Quem se acha pouco, se contenta com pouco. É pouco feliz. Eu não quero viver com pouco. Quero excessos.
Então é simples, é só se amar!! 
SÓ se amar? Fácil falar, difícil fazer...
O amor é algo complexo, mesmo nesse contexto.
Antes de me amar, preciso me entender, me conhecer. Depois, preciso me colocar objetivos e ir atrás deles. Enquanto isso, tenho que perceber minhas qualidades e melhorar os defeitos, aceitando aqueles que não conseguir mudar. Feito isso, posso me ver como a pessoa que sou, posso me achar interessante, posso ficar segura do que sou e do que quero. Posso me aceitar. E me amar.
A receita está feita. Só falta por em prática. O mais difícil! 
Mas o amor nunca é fácil. 
Minha jornada está só no começo, sei disso. Ainda tenho muito o que pensar. Vou sofrer mais, chorar mais. Esses dias de crises de raiva-choro-risos-vazio etc ainda vão durar um tempo. Mas isso faz parte do caminho. E, no fim, sei que tanta reflexão me fará uma pessoa melhor e amável. E isso acontecer agora me poupará sofrimentos futuros.
É nisso que estou apostando...

1 de março de 2012

Controle

Odeio os começos. Gosto do meio, quando as coisas já estão definidas. Sem insegurança, sem incertezas, sem não sei. Estabilidade. Segurança. Eu gosto disso. (Claro que surpresas, de vez em quando - bem de vez em quando- são bem-vindas).
Não gosto de ter tanto espaço pra imaginar o que os outros sentem, pensam ou querem. Só imagino besteira. Por isso gosto quando os sentimentos e pensamentos estão definidos. Não tenho que me preocupar com o 'e se', ou com o 'talvez', ou 'quem sabe' ou 'pode ser'.
Tá, adoro ter as situações sob controle. Admito. Sou controladora. E quando as coisas fogem desse controle, como agora, me sinto angustiada. Quase desesperada! 
Coisas mal definidas me atormentam. Gosto de tudo em ordem, certinho, de um jeito fácil de entender.
Já sou muito complexa aqui por dentro pra ficar me preocupando com as complexidade exteriores. Simplicidade pessoas, por favor! Por que que a gente simplesmente não diz o que sente, o que quer, o que pensa? Olha que simples seria!!!
Não tenho bola de cristal, mas adoro "adivinhar" o que passa pela cabeça das pessoas. A simplicidade me ajudaria a não pensar tanto nisso.
Porque pensar dói. E como! Dores terríveis de cabeça. Dores na alma. Dores no pobre e frágil ego inflado.
E quanto mais perco controle das situações, mais penso sobre suas possibilidades, e mais dói. Tá, a dor de pensar será infinita (pretendo pensar a vida toda!), mas se eu não pensasse em questões cuja resposta não tenho como saber, já seria um alívio. Tento me focar no que já sei, ou nas questões com respostas mais fáceis! E eu consigo? Não!! As complexidades me perseguem, me cercam e não me deixam enquanto eu não pensar nelas.
Talvez eu seja doida. Talvez só esteja confusa. Ou cansada. Talvez sejam os hormônios. 


Ou talvez eu esteja aprendendo a lidar com o mundo como ele é: um bando de surpresas, com gente que não sabe o que quer e que, quando sabe, não diz! 


O mundo fora do meu controle...