4 de março de 2012

Conclusões da reflexão

Muito tenho pensado na última semana. Tenho pensado muito, de verdade. Pensado e refletido, pra tentar entender, ou melhor, me entender. E descobri algumas coisas sobre mim que não sabia que existiam. Algumas atitudes recorrentes, pensamentos que sempre me acompanham, sentimentos frequentes, fatos que sempre estiveram lá, mas que eu não havia notado. Justamente por nunca ter pensado tanto.
Pensar muito sobre si mesmo machuca, dá uma angústia, uma preocupação, um desconforto. Descobrir que você tem coisas das quais não gosta não é nada legal. Descobrir que está agindo feito uma idiota não é legal. Aceitar os próprios defeitos é dureza. Apontar o dedo na cara dos outros e julgar é fácil; julgar a si mesmo é que é complicado.
Percebi nesses dias o quanto sou controladora; quero tudo nas minhas mãos porque sou insegura. Não confio muito nas pessoas; estou sempre esperando que elas me decepcionem. Ou que me abandonem. Não me acho tão legal assim pra ser amada pelas pessoas. Penso que elas logo se cansarão de mim, descobrirão meus milhares e terríveis defeitos e irão embora. Descobri também como fujo de certos assuntos e situações. Sou fraca, não aguento momentos de conflito; então os evito. Não faço nem metade das coisas que realmente quero. E nem quero tanto, só uma rotina mais ou menos divertida. Porque adoro a estabilidade da rotina. E adoro rir. Mas, ultimamente, meus sorrisos não são tão verdadeiros quanto deviam ser.
Percebi tantos defeitos em mim, que quase nada de bom vi em minha pessoa. E ainda quero ser amada! Ah, pobre de mim! Eu não mereço ser amada. Não agora. Quem não ama a si mesmo não merece amor dado. Porque só quem ama é amado.
E se eu nunca me amar, nunca serei amada? Vou viver amores meia-boca pra sempre?
É, provavelmente. Quem não se valoriza, não espera que os outros a valorizem. Quem se acha pouco, se contenta com pouco. É pouco feliz. Eu não quero viver com pouco. Quero excessos.
Então é simples, é só se amar!! 
SÓ se amar? Fácil falar, difícil fazer...
O amor é algo complexo, mesmo nesse contexto.
Antes de me amar, preciso me entender, me conhecer. Depois, preciso me colocar objetivos e ir atrás deles. Enquanto isso, tenho que perceber minhas qualidades e melhorar os defeitos, aceitando aqueles que não conseguir mudar. Feito isso, posso me ver como a pessoa que sou, posso me achar interessante, posso ficar segura do que sou e do que quero. Posso me aceitar. E me amar.
A receita está feita. Só falta por em prática. O mais difícil! 
Mas o amor nunca é fácil. 
Minha jornada está só no começo, sei disso. Ainda tenho muito o que pensar. Vou sofrer mais, chorar mais. Esses dias de crises de raiva-choro-risos-vazio etc ainda vão durar um tempo. Mas isso faz parte do caminho. E, no fim, sei que tanta reflexão me fará uma pessoa melhor e amável. E isso acontecer agora me poupará sofrimentos futuros.
É nisso que estou apostando...

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