1 de fevereiro de 2012

Quantos 'bons corações' ainda restam?

Certas situações me fazem pensar sobre o valor de se ter um 'bom coração'. Acho que é cada vez mais raro se encontrar alguém assim, e me sinto uma sortuda por conhecer pessoas que levam consigo essa marca. Na verdade, considero a mim mesma 'um bom coração'(talvez por pura pretensão).
Mas o que tenho visto, de um modo geral, é como as pessoas são egoístas, e como se aproveitam desses 'bons corações'. Parece que em tudo se tem que ganhar, ser o melhor, e tudo bem se pra isso tivermos que enganar, machucar, alguém. Nossa vida virou uma competição, onde o melhor ganha. Ganha o que? Esses ganhos superam as perdas?
Parece que ninguém mais se importa de ter que mentir, enganar, trapacear. Isso já é hábito.
Todo tipo de mentira me irrita, me incomoda, mas as piores, na minha opinião, são as mentiras amorosas. O número de mentiras contadas nesse campo é impressionante, e vai desde a banda preferida até os valores morais. Sei que muitos fazem isso pra serem aceitos pelo outro, mas qual o sentido de ser aceito pelo que você não é? Na verdade, você não foi aceito; o aceito foi quem você fingiu ser, e qual o sentido disso? Você vai construir uma relação   em cima dessa farsa? Ou  vai mostrar aos poucos pra outra pessoa que ela foi enganada, e que aquilo que você fingiu ser não existe?
Por que as pessoas não podem ser sinceras? 
Você já conheceu aqueles casais que se amam, mas não ficam juntos porque ambos ficam fazendo joguinhos? Isso é muito sem sentido pra mim. Porra, se vocês se amam, pra que ficar com frescura? Vai logo ser feliz!!
Mas o que mais me irrita, é quando só um dos lados faz joguinho, enquanto o outro é sincero. Porque existe mais gente que não vê sentido nisso, eu não sou a única não! Aí a pessoa se vê presa num jogo com o qual ela não concorda, que não faz seu estilo e que, muitas vezes, ela nem sabe como jogar! Se essa pessoa for um 'bom coração', o sofrimento é maior. Imagine você, sendo sincero, se abrindo com alguém, mostrando quem você é de verdade, e esse outro alguém mentindo, manipulando. E quando se tem um bom coração, não se imagina que o outro está mentindo, porque não se vê sentido nisso, e quando a verdade aparece, o baque é maior.
Eu adoraria viver num mundo em que se dissesse o que realmente se sente. Acho que as coisas seriam mais simples. Se você gosta de alguém, fale. Se você errou, fale. Se você mentiu, fale. Se você gosta de verde e não de azul, fale. Se você gosta de forró e não de mpb, fale. Quem gostar de você, vai gostar de qualquer jeito, sem que se tenha que fingir.
Provavelmente isso simplificaria as coisas, diminuiria as lágrimas e aumentaria o nível de felicidade.

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